CANTO PARA A ESPERANÇA

Não havia mais

a possibilidade

do acreditar.

O anúncio

do último beijo

era uma sombra

tão presente

que me atormentava.

Foram muitos

os desenganos,

e mais uma vez

caía em novas

armadilhas.

Era uma chama

que consumia

as últimas unidades

do vital oxigênio.

Uma combustão

condenada ao

apagamento.

A penumbra

era o prenúncio

da plena e total

escuridão.

Mas, eis que ela

me acompanhava

sempre em volta.

Sorrateira,

quase invisível.

Às vezes, mais distante

e outras bem próxima.

A esperança me foi fiel

o tempo inteiro,

inabalável,

quase imortal.

Rosalvo Abreu
Enviado por Rosalvo Abreu em 09/01/2024
Reeditado em 09/01/2024
Código do texto: T7972691
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