NA FILA DO PÃO
Na fila do pão, Sebastião espera,
Alma efêmera, no palco da quimera.
Valores desfeitos, sonhos perdidos,
Fantoche da existência, pelos destinos feridos.
No espetáculo da vida, protagonista incerto,
Entre mocinhos e vilões, um pensador desperto.
Desfaz-se em pó, na escalada efêmera,
Alma querida, rumo ao desconhecido espera.
Tudo é um show, nesta breve jornada,
Onde a existência se tece, na trama bordada.
Sebastião, errante e insignificante,
Na fila do pão, reflexão constante.
Tião Neiva