BALADA DOCE
Numa dança sem moral, a boca devora doce proibido,
O diabetes como cão dócil, não morde, mas sussurra o perigo.
Recompensa futura, negligência presente,
Tempo passa, a cintura balança, mas o doce seduzente.
Doce, mistério que não combina, mas encanta,
Mata sonhos, sabores, prazeres, sutil pranta.
Diabetes, vilão silencioso, nos tece um fim,
Pobre doce, aprisionado no dilema sem fim.
Nas rimas que ecoam da vida e alerta,
O poema doce, como uma luta descoberta.
Nessa "Balada do Doce Perigoso",
Que ecoa a dança entre prazer e algo tenebroso.
Tião Neiva