Reflexões sobre a Efemeridade e a Autenticidade da Existência

Nos domínios efêmeros da subjetiva realidade, talvez devêssemos nos abster de forjar expectativas sobre terrenos pouco propícios, cuja probabilidade de frutificação é escassa e tangencial à nossa realidade. Seja no afã do amor, nas sinuosidades da vida, ou nos desdobramentos do labor cotidiano, a prudência reside em desviar-se da ilusória órbita de desejos distantes.

O idealizado, que por anos-luz se distancia da realidade tangível, assume a roupagem de uma entidade inalcançável, um devaneio efêmero que apenas serve para obscurecer a lúcida percepção da verdadeira tessitura da vida. O abstrato, por sua natureza etérea, desafia a solidificação nas esferas concretas, tornando-se um enigma intratável para aqueles que se aventuram pelos labirintos da utopia.

Em contraposição a tais entrelaçamentos ilusórios, sugere-se, com mão firme e mente clarividente, a aração dos campos férteis da realidade. É na meticulosa semeadura e no diligente cultivo de experiências tangíveis que se erige a autenticidade da existência. Renunciar aos desejos etéreos é ato de sabedoria, uma alquimia que converte as aspirações efêmeras em frutos concretos.

Que, como hábeis jardineiros da própria narrativa, optemos por semear na terra da certeza, regando com a diligência do presente. Longe de ansiar por utopias, aspiremos à edificação sólida daquilo que é palpável. Na tessitura intricada da vida, onde cada linha é um fio da nossa trajetória, encontramos a verdadeira magnificência ao desvelar as realidades que cultivamos com paciência, discernimento e austeridade.

Obs.: (Apenas compartilhando de maneira filosófica um pouco da minha loucura) 🤪.