Não são "monstros", sao nuvens! [#M#]

 

A Mente repete...

Não são monstros 

São nuvens...

 

Devolvendo

Aos olhos

A lucidez...

 

Não são monstros,  é fruto da imaginação 

 

São nuvens, nuvens que passarão...

 

É fato...

 

Como na vida...

 

As nuvens tempestuosas passam...

 

Fim de ano...

 

O calendário vai mudar...

 

E eu?

 

Vou continuar a me assombrar 

Com as "nuvens"?

 

Olho na direção da Baia de San Francisco 

Não vejo as embarcações 

Nuvens densas...

Impedem

A visão...

 

Mas 

Sei que ela está lá...

Respiro fundo,  a névoa vai passar...

 

Sem pressa

Pego o casaco...

O gorro e o cachecol...

 

Vou caminhar...

Passos lentos

Mente acelerada...

 

Caminho nest'hora sob a cerração de San Franciso

que em nada me lembra do Rio de Janeiro...

O cinza predomina...

 

E vou contando os passos

respirando lentamente

Esvaziando a mente...

 

Passo diante uma sinagoga 

E, sem qu'eu queria ser intrusa ouvi no que seria um salmo:

"Ensina-nos a contar nos dias para que alcancemos [da vida] sabedoria

 

A tarde n'àquel'hora se fazia

Na verdade, eram os últimos suspiros de mais um dia

Um ar frio a que se inalava, contrastando com o fervilhar da mente...

 

Pois é, fim de ano

As questões existenciais 

São figurinhas carimbadas e recorrentes...

 

Quem sou?

Quem somos?

Enigmas, um pro outro?

 

 Esfinge em constante prontidao?

Ávida por nos autodevorar?

Enigmas indecifráveis 

Para nós mesmos...

 

Caminho como terapia 

Metaforicamente, busco encontrar 

a desejada resposta...

 

Quantos como eu atravessam seus fogs

Desejando encontrar

Respostas?

 

E continuo a andar ... vagarosamente, mas pensante

e  grata, pois o "Sonho Califórnia" 

que se fez real...

 

Hoje caminho

Pisando seu chão...

Respiro seu ar, permeado

De névoas...

 

As vezes

Parecendo 

Meadas

Sem pontas..,

Será?

 

Ah,

Nós !!!

Quem somos?

Ah! Melhor esquecer dos que tal questão responderam

No vácuo do tempo talvez s'encontra a "verdade"

ou quiçá, as verdades relativas de cada um...

 

Todavia, o tempo avança 

E no limiar de um novo ano 

Se volta a perguntar:

"Quem somos"?

 

De certo

Muito mais

Que desejos...

(Ou mesmo ... medos)

 

Pois que o tempo 

O sentir

Não alterou...

 

Quem somos?

Quanto já se desvendou?

ou se autodevorou?

 

 A Mente fervilha...

 

As lâmpadas se acendem, atravessam a névoa,

Da rua, da mente, da vida...

 

O que vejo nest'instante é tudo o qu'esteve em 

meu caminho...

 

Respiro profundamente...

 

E faço analogia com toda a minha vida...

Quantas neblinas passei

Mas que não estava "atenta"

E me deixei assustar por monstros ?

 

Sim, a Vida estava [sempre] presente

A me impulsionar para frente...

A encarar os meus

Monstros...

 

Que não são monstros,

São nuvens...

 

 E passam...

 

E

O que ficou?

É capaz de [me] responder?

 

Quem somos?

Presentes?

Presentes um d'outro

Ou presentes [no tempo] a ser um pel'outro

 

Não sei

Quem

Sou...

 

Enigma?

 

Ainda...

Sou

E

Sei

Que sinto

AMOR...

  

Amor ... amor ... amor

 

Amor, é o que eu sinto (enquanto viva estou)

 

Atravesso a porta de casa,

tiro o cachecol,

o gorro e o casaco...

 

Olho pela janela...

Suspiro,

Profundamente...

 

Não são "monstros", sao nuvens!

 



 


 

 


 

 

 

 

 

 

#MEMORIAL Recantista#, eu apoio!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FELIZ 2024!!!


 

 

 

 

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