A Tecitura do Eu: Versos entre Paredes e Reflexos.
Qual é a distância que se estende entre o eu e o olhar? Toda uma existência, talvez. Entre o ser e a fachada, ergo meus versos que revelam e ocultam na dança das percepções. Na trama sutil da visão que paira sobre mim, percorro o caminho entre a verdade e o reflexo. Enquanto a minha alma busca suas próprias canções.
Na teia da visão alheia, entre o ser e parecer, a essência que conheço busca o seu lugar, sobrepondo-se às sombras lá fora de outro endereço. Na sinfonia das rimas, a ilusão do real, o grito a procurar por respostas, compreensão será agora? Ou eu quis inventar?
Nas entrelinhas dos versos entre paredes que criei, a tecitura do eu, entre o íntimo e a projeção, a verdade crua exposta, o pouco que sei, a poesia em tudo existe, resiste e clareia a vida, além-mar ou à minha volta.