ESCOLHAS
“Ou isto ou aquilo” ...
Eu, definitivamente, não me iludo:
Não se pode mesmo ter tudo,
Não se pode, assim, ocupar,
Ao mesmo tempo, todo o lugar!
Eis que escolher ou “trocar”
Se faz sempre necessário.
Se perco em pertencimento,
Ganho em autonomia,
Se opto pelo contentamento,
Desfaço-me da agonia...
Ou, então... pelo contrário.
Outros pertencimentos virão,
Com certeza, um novo sofrimento,
Mas também outra euforia.
O “perde-ganha” é a condição:
Deixar morrer ... para renascer.
A inconsistência da indecisão,
O desconforto do “escuro”,
A dor do “em cima do muro”,
A sua inevitável confusão...
Há mesmo que escolher!