Sustentação
Pinga, pinga, pinga.
De gota em gota, deve-se deixar a vida acontecer.
Eles estão tentando lhe sabotar.
Talvez, estejamos tão perdidos e inventando achados para nos sentirmos bem.
Por favor clareem a madrugada, a casa que constituímos desmoronou.
Tic, tac, tic, tac...
O relógio ainda conta os segundos após a catástrofe.
Ele ficou preso a uma parede inteira que no chão encontra-se agora.
É tão perfeita a nostalgia.
É tão inconstante o sono, as noites perdidas, as pessoas passando.
Mas, a casa que construimos desabou.
A trilha moldurada já não representa um espetáculo.
A representação de algo que era novo, será novo e não caberá em canto algum desta casa.
Pois, as paredes estão destruídas, a casa caída e somente um pilar mantém-se como sustentação.
Não trato de amor, não trato de relacionamento, não trato de sentimentos...
Chanceler crivo