OS NÓS QUE AMARRAM A VIDA

OS NÓS QUE AMARRAM A VIDA

Toda vida seria comprida?

Se não lhes atassem nós?

Tal uma cachoeira fluida

Tranquila... Diante de vós...

Ou vida a ser barganhada...

Em moeda de se enriquecer

E se a ela fosse timbrada,

O quilate que possa valer?

Duas medidas e dois pesos...

Serve-nos de parâmetros?

Os fúteis egos, iguais desejos

A vergonhosos quilômetros...

Que possa ser vida vivida...

Com toda a plenitude feliz

Avessa a uma dor sofrida

É uma vida sem a cicatriz...

Vida de natureza bela...

Que vinga em cada ser

Branca, negra, amarela

Vermelha a equivaler...

Senão, mais torna-se pesada...

Em corrente sem arrebentação

Que traga a sua alma libertada

Dizendo sim a quem diz não...

(OS NÓS QUE AMARRAM A VIDA - Edilon Moreira, Setembro/2019)