Palavras de adeus eu darei

Amadurecendo as mágoas

Dizendo adeus às feridas

Arrumando a mala para me despachar

E lá vou eu

Trazendo harmonia para o baile de verão

Corações apertados

Gatos que miam alto

A pele fria que arrepia

Olhos que sangram rios no jardim

Somos só nós dois

Somos apenas dois

Precisando de atenção

Necessitando de contato e de perdão

Canta o menino magrinho em seu quintal,

Seguido pelo olhar profundo e sofrido de sua mãe!

Saudade dos pássaros que dançavam e pairavam ao vento sob a voz de nossos irmãos!

Hoje eu sei que ser artista, neste tempo é muito fácil

Sei que é falar qualquer coisa

Que possa caber dentro de um simples prato

É!

Este amor se tornou minha insônia, não sei mais viver e caminhar no meu caminho em paz

Somos corpo e alma para onde quer que nós passemos

A vida é somente uma para o ser

Por isso estou passando fome num barraco, no fundo de um sobrado

Tendo febre atoa perdido no meu quartinho de mulambo

Esta almejada solidão só me faz mal

Por mais carinho

Por mais abrigo

Por mais serviço

Não estou afim de amaciar minhas palavras

Tiro meus enfeites, dados a mim, do meu rosto

E falo a verdade crua e suja na sua cara

Quem me apresentou a espiritualidade foi o feminino

A espiritualidade é o feminino

Quer ser o mais forte

Aprenda a aceitar a morte

Como a sua amiga

Não divida sua cama com ela

Preste atenção! Quando é menino, que você vai entender, que a religião tirou o afeto de você

Seu sorriso é bom

Bem mais que bom

Mas seus olhos tristes não deixam de dizer

Que você só pensa em morrer.

Ágatha Ternurie
Enviado por Ágatha Ternurie em 05/12/2023
Código do texto: T7947774
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