Lume
Esteja ciente do poder da alvura
A que se antecede mil esplendores
Ruminando-se no preço da usura
Ofertando sua alma ao mar de flores
Este será o lume cadavérico
Arrancado na escuridão da terra
Semelhante ao enxerto médico
Nova carne vem, e a outra se encerra
Nomeia-se a luz como recomeço
Nova estrada rumo à consciência
Passagem peremptória ao começo
A maravilha é a não permanência
O futuro é um estalar módico
Preparando-nos ao inesperado
Pensar nele torna-se ilógico
Aguardemos o luzir desse fado