Outras vidas.

Aquele menino morreu por diversas vezes, ressuscitou tantas outras, sua existência foi uma metamorfose, caminhou por trilhas e subiu montanhas, do alto compreendeu o tamanho do infinito.

Para o Edjar morrer foi a sua destinação, foram tantos edjares nenhum deles existe mais.

Todavia, nunca esqueceu da rua quatorze, foi lá que compreendeu o colorido da imaginação.

Nesta rua magnífica aprendeu hermeneuticizar o esplendor do destino, construiu o eterno sorriso inefável do vosso encanto.

Os anos passaram sempre sentado em um banco de uma universidade, estudando Filosofia, a procura do entendimento fenomenológico.

Todavia, preciso dizer Edjar não existe mais, entretanto, o último dos edjares está aqui, desejando renascer das últimas ressurreições, sou o vosso filho, tenho o seu sangue, reconstituido na sua genética.

O brilho do seu rosto, está preso na cognição do mundo linguístico do Edjar.

Aquela imagem reproduzida dentro do coração do Edjar é da rua quatorze.

Talvez seja o fato mais insignificante, porém, importante para as mortes dos edjares.

Os edjares não existem mais, como foi bom a destinação dos acontecimentos.

Hoje imagino apenas o brilho das estrelas colorizando a rua preferida por Edjar.

Que seja deste modo, o último dos seus sonhos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 01/12/2023
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