TUDO...SERÃO MEMÓRIAS
Um sono que bate sem explicação
Numa jornada azul e sem nuvens!
O sol reina numa tristeza oculta
De um ansiolítico tempo, em espera!
O céu é de azul verdadeiro e não sabe
Das madrugadas atravessadas, perdidas e
Sem sossego, do universo que agoniza em
Faces anônimas de mortos, sós, ao fim!
Às montras de Deus, as faces, adentram
Exiladas por um negro abismo, de era,
Era de guerras à necrose d'alma,
Ao paraíso triste e sem vontade,
À imortalidade!
Acabou-se um destino, na impotência
Do mundo e o mundo dentro de nós,
Taciturno e desesperançoso, como a fria névoa
Do deserto, sem hora e sem realidades!
Preciso de um pouco de sol na minha monotonia
Porque o relógio exige silêncio e não sossega!
O tic-tac é inútil, agora,
Pois o cansaço, antecipa a hora vazia!