BARULHO DO VENTO

Agora é o barulho do vento,

sozinho na pista eu corro.

Agora é o silêncio do meu sentimento,

sozinho na vida eu morro.

Os pássaros em múltiplas direções,

apontando longe um destino.

Um encontro é raro no meio de tantas multidões,

mas onde há amor eu assino.

Nem tudo muda para ficar igual,

existindo me reinvento.

Ser diferente é também ser banal,

nem tudo é apenas um momento.

Qual é a pergunta que me responde?

Pois eu sou sempre questão.

A dúvida que não se esconde?

Pois as certezas fugirão.

Vento ancestral,

Sopra a vida, sopra o ar.

Infinitesimal,

Na onda leva o mar.

Vento purificador

do percurso original.

Queremos teu frescor,

para nos livrar do que é fatal.