A.I.
Hoje a inteligência artificial
Ilustrou o meu poema!
Amanhã, qual ignorância racional
Irá recitar a minha alma?
Hoje algum algoritmo infalível
Me disse do que gostar!
Amanhã, qual crítica destrutível
Me fará querer calar?
Desejo desenhos perfeitos, rabiscados…
Prefiro poesias, paridas, ressentidas…
Se morrer, legarei flores nesse jardim?
Se sobreviver, restarão cores em mim?
Anseio por esculturas esguias, esmeradas.
Valorizo artes caras, ignotas, inventadas.
Se morrer, buscarei um renascer sem fim…
Se sobreviver, só restarão dores em mim!
Luxor Kron (direitos reservados)
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