A.I.

Hoje a inteligência artificial

Ilustrou o meu poema!

Amanhã, qual ignorância racional

Irá recitar a minha alma?

 

Hoje algum algoritmo infalível

Me disse do que gostar!

Amanhã, qual crítica destrutível

Me fará querer calar?

 

Desejo desenhos perfeitos, rabiscados…

Prefiro poesias, paridas, ressentidas…

Se morrer, legarei flores nesse jardim?

Se sobreviver, restarão cores em mim?

 

Anseio por esculturas esguias, esmeradas.

Valorizo artes caras, ignotas, inventadas.

Se morrer, buscarei um renascer sem fim…

Se sobreviver, só restarão dores em mim!

 

 


Luxor Kron (direitos reservados)
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Luxor Kron
Enviado por Luxor Kron em 26/11/2023
Reeditado em 27/11/2023
Código do texto: T7941132
Classificação de conteúdo: seguro
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