Portões do Mundo
Me vejo em vales de cordilheiras sem fim
Pulo de ponte em ponte atravessando os mundos
vejo assim o espelho d'agua, este que consumiu o mundo
o reflexo mais profundo diante de mim, me perdi
percebi oque abandonei, lá atrás, cada pedaço de mim
deixei na travessia do fim e enfim me tornei com o tempo
o tempo que ofusca a luz do luar em tempos da noite clara
devaneio de mim, longitude da severa margem de tudo
levado pelas ondas do mar, o horizonte sem fim, afim de haver
Ao deleite de olhar o céu em sua legitima imensidão
que se desfaz ao descansar no relento e acordar em brilhos
deita-se para dormir em sonhos que na verdade me trazem ao real