A contemplação dos sonhos.
Venho de um lugar distante, tenho dentro da alma, a luz do sol, na minha cognição, o mais absoluto hidrogênio.
Portanto, consigo entender o brilho das estrelas, as cores do infinito, a minha memória determina a compreensão das ilusões.
Sei que tudo isso é uma brincadeira heurística, motivo pelo qual não gosto de Platão, muito menos de Sócrates, tão somente um pouco de Nietzsche.
Talvez da relatividade de Foucault, tal qual de Einstein, entre a Filosofia e a Física.
Tudo é apenas aproximação, razão pela qual a teoria quântica é incerta.
Todavia, quem eu sou, nada sei, entretanto, as minhas hermenêuticas me iludem.
Sei da breve passagem, do futuro como um instante, as ondulações dos vossos olhares, neste presente passado, as minhas recordações.
Então, a vossa essência, o meu mundo apofântico, sei do vosso encanto, da doçura de seus sonhos, porém, o momento desta epicuricidade, as idiossincrasias da minha cognição peremptória.
Você desconhece os meus propósitos, sou a luz da escuridão, o gelo da revolução atômica, quero substanciar o vosso eskathós, sendo a saturação do seu sangue.
Deste modo, o meu objetivo embalar o vosso coração, ficando dentro dos vossos seios, contemplando a sua sentimentalidade apolínia.
Um ser heteronômico é a vossa proposição, o nosso caminho é uma curva, cuja direção perde-se na imaginação.
O que devo dizer além da ternura inefável da face dos vossos lábios, doçura de menina, a serapicidade dos seus desejos hiléticos, a materialidade do indelével afeto.
Edjar Dias de Vasconcelos.