Um menino de Itapagipe, M.G, Serra da moeda.
Era um menino usava chapéu de palha, adorava a natureza.
Sentia o cheiro do campo, quando o sol surgia, entre as montanhas,
olhava o amarelo na copa das árvores.
Aquele menino amava tanto o campo.
Que chorava com a brisa dos entardeceres.
Quando partiu ele despediu de cada árvore, olhava as águas do córrego a serra da moeda
A bela fazenda em que se viu nascer, nas aquelas partes do triângulo mineiro.
As tardes solitariamente, caminhava por trilhos e olhava as relvas verdes.
Adorava os penhascos, era um menino, que foi cuidado com carinho.
Tomava muito leite, adorava coalhada.
Milho de pipoca, doce de amendoim, queijo ralado.
Frango com quiabo, milho cozido e carne assada.
Era um menino, tinha seu cavalo mascarado.
Andava de carro de boi, comia mangava, jabuticaba e doce de mamão.
Arroz com leite, macarronada.
Aquele menino todas as tardes caminhava.
Beira ao rio, olhava os bois pastando.
Naquele tarde, quando o sol sumia, pensava na serra da moeda.
Naquele rio bela fazenda de Itapagipe MG, quando Edjar partiu, Estudando na fazenda Douradinho, Itapagipe, Campina Verde, Belo Horizonte, Petrópolis, Rio e São Paulo, diversas formaturas, bachareis e pós graduações.
Entretanto foi lá na Serra da Moeda que nasceram as primeiras páginas da grande alegoria.
O mundo das estatuas.
Em uma tarde o próprio Edjar perguntou para ele mesmo.
Por que o ser e não o nada.
Quantos anos passaram sem responder, que o ser era lo próprio nada.
Um dia sem querer pensou naquela tarde dos seus oito nos.
Quando era criança dizia desconfiar do ser.
Edjar perdeu o chapéu de palha, seu cachorro morreu, foi embora para nunca mais voltar.
Mas foi naquela fazendavque tudo teve início, na cidade de Itapagipe.
Por isso que mais tarde aquele menino pediu, que colocasse, na fazenda referida, do senhor João Dias da Silva.
Uma estátua em homenagem ao paraíso perdido.
O suposto dialogo o mundo das estátuas.
O último dos sonhos, a maior das homenagens.
O menino ainda era criança, durante a vida toda, soube apenas ser
a eterna criança.
Mesmo estando crescido, foi esse o melhor dos fatos que pode acontecer.
O mundo das estátuas.
Edjar Dias de Vasconcelos.