Não sou nem o ar, nem o mar, sou a minha anti imaginação.
Nem o ar, nem o mar, nenhuma religião, nenhum dos deuses ou dos sistemas filosóficos, sou tão somente produto da imaginação.
Entretanto, sou o substrato do meu pensamento, qual é o meu pensamento, a ausência epistêmica dos entendimentos.
Com efeito, sou livre igual ao vento, totalmente vazio, qual é a vantagem de tudo isso, não sou escravo dos testamentos.
O que ganho com tudo isso, nada, porque não existe nada para ganhar, muito menos perder.
Deste modo, sou a fluidez da inexistência, o princípio da incausalidade, o fundamento da antimatéria, a não causa da causa.
Sou a metafísica da não metafísica, por ser todas essas coisas não sou nada.
Adoro a ideia de não ser, pelo fato do não ser, ser verdadeiro, em que acredito, não tem em que acreditar.
Pelo fato que sou o vazio da inexistência, então eu sou o medo do medo, a minha negação hermenêutica.
Nada além do que sou, o meu mundo anticultural, pois recuso ter ideologias, nao tenho cognição.
Edjar Dias de Vasconceloss.