Alcoolizados

No bar, os alcoolizados se encontram,

Saboreando doses que os consomem,

Entre risadas altas e olhares apaixonados,

A noite se desenrola em terrenos desconhecidos.

Ao som da música que ecoa no ar,

Todos se entregam ao prazer de se soltar,

As notas dançam pelos corpos em movimento,

Enquanto a alma flutua em contentamento.

Um homem solitário, de olhar distante,

Afunda-se em recordações de um amor perdido,

A cada gole, a dor se faz presente,

Deixando cicatrizes em seu coração Ferido.

Do outro lado do salão, uma jovem brinda,

Ao sucesso, ao amor que ainda há de chegar,

Seus olhos brilham na esperança de um novo encontro,

E ela se perde em sonhos que a fazem suspirar.

Entre risos, lágrimas e memórias fragmentadas,

As histórias se entrelaçam nesse mundo alcoolizado,

Amantes se descobrem, amores se despedaçam,

E a noite segue, embalada por riso e melancolia.

Mas ao amanhecer, as lembranças se apagam,

E os alcoolizados se despedem um a um,

A saudade do que foi e do que não será,

Permanece no ar, até a próxima canção.

Assim é a dança do álcool

Um turbilhão de emoções entrelaçadas,

Onde o amor, a perda e a aventura se encontram,

Em melodias que embalam as noites enluaradas.