FAÍSCAS DE SAUDADES
Um sorriso sem graça
Deixou-me sem jeito,
Como pedra quebrei o gelo
Sem tocar a face,
Amei-te ser perguntar nada
As mãos pareciam tão puras,
O coração agiu em disparada.
Não havia horas que passassem
Nem o sol que retrocedesse à tarde!
É a alma declarando apaixonada...
Um olhar fixo do nada
Estremeceu tudo por dentro,
Faz a brisa aonde não há ventos
Mistura as nuvens desfazendo
As tempestades.
Revelação do esconderijo
Buscando intimidade
Ondas do amor... Faíscas
De saudades!
A simplicidade do teu rosto serena
Desenhou um só caminho,
Até chegar ao seu destino.
É na pele que incendeia um fogo
E no corpo consome em desalinho,
Não há vergonha no amar
Nem maior valor no carinho
Não se compra a dor na porta
Do seu vizinho!
Quando nasce o amor?
Quantos anos duram os espinhos?
É dar o seu valor sem receber
Nada em troca,
Guerrear consigo mesmo
Em busca de perdão,
Confrontar felicidade com a razão
Escrever na areia: Solidão!
Deixar o mar levar: Desilusão!