TUDO É AGORA

Tudo é agora ou nunca.

Ou nunca é tudo agora.

Talvez eu fosse embora

Para ter rastros de alegria e satisfação,

Mas as blasfêmias fazem parte

Da vida de cada irmão,

Por isso temos treinado

Nova vida, nova canção.

“Santo de casa não faz milagres”,

Faz tese como alguém já disse

Ou de repente escreve muitos poemas

Que poucas leem, mas ele continua

Operando milagres por viver na infertilidade

Imposta pela ignorância de muitos

E reconhecimento de poucos.

Sonhar é mais que querer voar,

É voar no sonho dos outros,

Quando eles nem sempre sabem disso.

Viver é mais que manter o organismo

Funcionando normalmente,

É ter o direito de sonhar sonhos possíveis

Diante de uma sociedade

Que aborta os sonhos dos sonhadores.

Naturalmente, quase tudo se torna (des)natural

Aos olhos dos que nada pensam,

Além de criticarem, sem fundamento nenhum,

Todos os milagres operados

Pelos Santos de casa em todos

Os tempos e lugares,

Principalmente, após vossas mortes.

Eu admiro isso que ocorre.

Corro contra essas sacanagens

Que fazem com os Santos de casa,

Mas vivo numa sociedade de hipócritas,

Fazer o quê?

Tangará da Serra - MT, 2002.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 24/10/2023
Código do texto: T7916038
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