RUMO À MARTE
Vou cruzar a lua,
dar um beijo
em São Jorge,
ler um verso
de amor,
mas não vou
pousar.
Em viagem
bem distante
(tudo
para esquecer)
… É pra lá que vou
quando o amor
acabar, o riacho
secar e a última
árvore cair.
Plantarei
mais uma vez
a esperança,
sempre será assim:
chegar e partir.
Mas, a inesgotável
sede de guerras
e de conquistas
em busca
da liberdade
e da paz,
nos fará
novamente voar.
Bicho esquisito
é o homem
que nunca fica
em nenhum lugar.
Criou o amor,
e por brincar
de inventar,
criou, também,
o ódio e o desamor;
e será assim
por onde passar.