GUERRAS ORIENTAIS E AS SANGUINÁRIAS ELEIÇÕES OCIDENTAIS
Se refletires, se recordares,
o efeito de todas as guerras,
milenares ou mais recentes,
durante ou nos seus interstícios,
é triste, danoso, doloroso:
mortandade de civis inocentes
sempre maior que a de militares.
Verás que, ao longo do tempo:
um dos lados explorou, avançou, tomou...
enquanto o outro recuou, cedeu, perdeu...
Um dos lados se armou;
o outro só aparentemente se rendeu.
Num dia, o lado mais fraco atacou;
noutro dia, o lado mais armado revidou.
"Dente por dente, olho por olho",
E o terror é rebatido com muito mais terror.
Entre contendores desiguais,
tudo falso, só perfídia
e a mais completa negação do amor à vida.
Tal qual vulcão, quase sempre em erupção,
as guerras se reativam e se motivam
em alguma parte do mundo, entre nações
antes irmãs, que, incendiadas, se opõem.
Tais erupções, coincidentemente,
acontecem, mais precisamente,
em vesperas de eleições para presidente
na maior potência armada do Ocidente.
Vejamos:
uma guerra sem razão para os sensatos
foi a invasão do Iraque, em dois mil e três.
Bush, antipatizado, aumentou seu eleitorado
e, por pura irracionalidade, seu desiderato
ambicioso fraudou a verdade dessa vez,
tornando-o presidente por mais um mandato.
Agora, Biden vai muito mal contra o seu rival.
Quer e precisa ser presidente, novamente.
Carece de votos do eleitor inconsequente.
Nada como outro jorrar de sangue oriental.
Como vês, tanta estupidez se sobressai
do lado que foi armado pelos que têm mais.
A razoabilidade não tolera sanha tamanha,
mas,
candidato que não faz a guerra não ganha!...
(fernandoafreire.net)
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Para o texto: GUERRA ESTÚPIDA
De: ELIE MATHIAS
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