Inocência
Para onde vai a inocência das nossas almas
quando a vida vira uma montanha russa de emoções, sensações e mil anseios?
Para onde vai a inocência da nossa mente
quando os pensamentos ganham autonomia
e os “olhos” já enxergam além das coisas táteis?
Para onde vai a inocência do nosso coração
quando o amor não é correspondido e precisa ser disfarçado, ou simplesmente reprimido?
Para onde vai a inocência do espírito
quando descobre que o pecado não é apenas original
e reconhece que o mal o tempo todo nos rodeia?
Para onde vai a inocência quando a maturidade nos alcança, leva embora a esperança e a fé no ser humano?
O que nos resta?
A castidade?
O vazio da solidão?
Ou o triste desengano?
Adriribeiro/@adri.poesias