A história de uma fé zumbizada, a saida é a cegueira pentecostalizada.
Muito triste a pobreza, sendo que a pobreza econômica leva a pobreza cognitiva.
O não desenvolvimento da cognição provoca a cegueira política, o pobre não tem discernimento, regra geral é absolutamente abobado.
A indigência cognitiva resulta da miséria humana, quando a vida não tem mais perspectiva social, o indivíduo mergulha na fé, a pessoa procura salvar a alma, pelo fato de não ter mais como salvar o corpo.
Exatamente, quando transforma através da pentecostalização da cultura, a desgraça em virtude, aceitando o mal como meio de salvação da alma.
Não tem mais saida, o único caminho possível transformar-se em zumbi, na esperança que a luz divina lhe tira das trevas.
Então a pessoa completamente perturbada, começa escutar pastores, oportunistas, analfabetos e estelionatários, leva o indivíduo miserabilizado a uma ideologia de extrema direita.
Com efeito, o cidadão totalmente destruído passa odiar as forças políticas proguessistas, pensa que o mal da sua existência tem um culpado, a esquerda, exatamente nesse momento nasce o fenômeno político entendido como bolsonarismo.
A salvação do Brasil é Bolsonaro, neste instante é o fim da civilização, a fé destrói completamente o corpo, pertuba a alma, leva ao cognição ao delírio.
Quando a pessoa transforma-se em zumbi, neste instante é muito tarde, não existe mais salvação para o espírito.
Um zumzi, caminhando sem direção louvando a extrema direita, imaginando que está agrandando a Deus, quando na verdade está contemplando a própria miséria como caminho, objetivando a salvação do espírito, muito tarde, tudo chegou ao fim.
Deste modo, prevalecerá a desgraça em forma de virtude desenvolvendo a crença bestializada, apostando sem saber no neoliberalismo como salvação da miséria.
Edjar Dias de Vasconcelosç