Rebeldia do ser

Sabes quem eu sou?

Sou eu...

A procurar do vento

Do eterno acalento

Das luzes que incidem no espelho

Sem medo de vestir vermelho

E me contentar com o tempo

Com um olhar florido

Cheio de anuências ao amor

Sem contradizer com o recanto que a vida nos reservou

Corre, corre o campo de lugares abertos na busca de contentamento.

Não viras de lado e nem olharas para traz para não se perder pelo caminho

Flutua no ar como se fosse beija-flor

Sacodes as asas sem vacilar nenhum segundo para não perderes os saberes

Não deixe a temerância te absorver

Solte os ramos de flores por onde passares

Não importa quantos ficarem pelos caminhos

Saberás que algum deles se sustentará no solo

Tão translúcido como o eco da voz a ressoar

Em canteiros infindos de benevolências

A transpirarem respingos de saberes na vertente do templo sem causar nenhum temporal

Sentes o apoio dos pés fincados na terra branda

E sentirás um novo amanhecer