Arrependimento
Me perguntaram certa vez do que me arrependo, um longo silencio se fez, minha vida inteira passou diante dos meus olhos na tentativa de definir algo do que me arrependa. Em resposta eu disse:
Me arrependo de não ter seguindo meus instintos.
Me arrependo de ter me deixado levar pela visão de vida do outro e me calado no caminho.
Me arrependo de ter tido medo do desconhecido.
Me arrependo de, por medo de errar, ter errado comigo.
Me arrependo de não ter vivido a vida que quis desde menino.
Me arrependo do que não fiz e do que fiz sem ser o que realmente queria fazer.
Dessas coisas me arrependo porque de todas as outras, mesmo cometendo erros, não matei sonhos e vivi intensamente. Tudo o que fiz por mim valeu tudo que perdi, porque não perdi a mim.
Me arrependo de não ter feito ainda mais, errado, chorado, sofrido, sorrido, gozado, amado, morrido e enfim sentido tudo que a vida me permitiu sentir e por medo não o fiz, tudo de que hoje sinto falta, é da falta da parte de mim que tinha razões para sorrir.