TRÍPTICO: APOLOGIA AMBIENTAL SEM VÉU DE ALEGORIA
I
Muito lixo e poluição nos rios
Tudo isso o homem vê e nada faz:
Se houvesse mais fraternidade e brios,
Era livre a vida dos animais!
Poucos planos de combate à Natureza
Que a muitos nada disso satisfaz!
Vejo a mesma confinada e sem defesa,
Acabaram suas reservas naturais.
Vejam: a natureza chora a cada instante
Pela força bruta do poder gigante,
Pela usura e a falta de amor!
Deixem! Quando um dia isto for desfeito,
Nossos defensores baterem no peito,
E, – vocês – verão que o verde tem valor!
II
Rios, fontes e cascatas se revoltam
Com a banal luta brutal ou mesmo atroz!
Saibam – esses – que “os brutos também amam”,
São rebentos, seres vivos como nós!
Quando vejo desmatar nossas florestas,
Eu apelo para um acordo final;
Ouço um grito de alguém: – Não interessa!
Há rumores de desolação total!
Vejam: a natureza chora a cada instante
Pela força bruta do poder gigante,
Pela usura e a falta de amor!
Deixem! Quando um dia isto for desfeito,
Nossos defensores baterem no peito,
E, – vocês – verão que o verde tem valor!
III
E, eu penso na matança das baleias
Vendo o sangue de inocentes derramar!
Na verdade, não existem mais sereias,
Destruíram, então, o seu habitat.
Se os índios reivindicam seus direitos
É porque o tal sistema lhes roubou.
Eu também não fico nada satisfeito,
Tenho, às vezes, é remorso e muita dor!
Vejam: a natureza chora a cada instante
Pela força bruta do poder gigante,
Pela usura e a falta de amor!
Deixem! Quando um dia isto for desfeito,
Nossos defensores baterem no peito,
E, – vocês – verão que o verde tem valor!
(Melodia opcional: MENINO DE RUA, Jorge de Altinho, Recife-PE.