La Vida

Tem dias que estou no céu

Outros no inferno

Mas tenho que escrever meu papel

No rodapé deste caderno

Já são tantos verões e outros tantos invernos

Acreditando em papai Noel

E vestindo velhos ternos

A quem serei fiel?

Qual a importância do por vir,

Se o agora não tem solução?

Existo, por existir

Tô nem aí, vai segurando minha mão

Não tenho culpa, guarda teu sermão

Já me ferir

Andando sem noção

Para quê refletir

São só palavras

Mas aquecem o coração

Para que armas,

Se preciso de perdão?

Não vou fazer o certo

Pois o lençol cobre o errado

Embora eu seja esperto

Sempre fui trocado

A beleza está em todo canto

Já o amor, não se comporta

Mesmo o corpo sendo santo

Vou fechar essa porta

Sinto chegar o fim do dia

E vou deixar meu trabalho

Para quem eu não queria

Esse é o atalho

Sorte ou covardia

Das escolhas boas e ruins

Da vida que escolhi tardia

Não são os meios, mas os fins

Nunca saberei, se seria diferente

Quando mudei de caminho

Se tivesse parado, ou ido em frente?

Não importa, fiz sozinho