Há de ser poesia
Minhas construções
não tem sentido,
não tem técnica.
Os versos marcados
pelo espaço ocupado
nos papéis vazios,
linhas estúpidas.
Meus castelos são
apenas espasmos
de uma dor constante.
Não há rimas
nem métrica;
muito menos
um sopro de estilo.
São somente
soluços inocentes
de algo que
não deveria nascer.
Sempre trabalho
com significados
intuitivos de palavras
muito comuns.
Escondo o prazer
de uma alegria
certamente
não possuída.
Nem imagino
o que realmente
são esses meus
castelos, apenas
os chamo de poesia.
*Si*