A representação da imaginação.
Antes eram apenas as realidades.
A antimatéria, o vácuo, o escuro e a temperatura negativa.
A teoria do princípio da incausalidade.
Por meio do frio surgiram as primeiras partículas, a energia quântica.
O universo tão somente o gelo, significando, portanto, o nada.
O mundo não foi feito por mim, muito menos pedi para existir.
No entanto estou aqui, na mais absoluta imposição, todavia, gostou da genealogia do meu DNA mitocondrial, já fui tudo de um micro organismo ao homo sapiens.
No futuro serei outras coisas, entretanto, no presente terei que cuidar da minha historicidade, posteriormente, serei tão somente metamorfose.
Sou obrigado a cuidar da minha pessoa, de outras pessoas, assim funciona a democracia neoliberal.
Tenho que ser escravo do Estado, sobretudo, da burguesia parasitária.
Todavia, a natureza é indiferente a minha existência, age sobre mim com se não existisse.
Como se não fizesse parte dela, no entanto, imagino apoditicamente fazendo parte da natureza.
Muito mais, sendo ela própria.
Entretanto, apofanticamente quando o meu corpo tornar-se apenas uma partícula quântica.
Presa a imensidão do universo, com efeito, serei a natureza.
Sem consciência, tudo em mim, será como se antes.
Como se nunca tivesse existido.
Porém, nesse momento, serei apenas o infinito.
Quando então entenderei o magnífico poema de Fernando Pessoa.
A exuberância da imaginação.
Desse modo, o resto será gente e alma.
tudo se complica, no entanto, fala, pensa reflete vê.
Tira o sono e a calma, porém, nunca é o que é.
De nada ter razão de ser, o futuro do homem e da alma.
O as demais coisas são, imaginações representativas.
Edjar Dias de Vasconcelos.