Mar de lágrimas
Navegamos no mar de lágrimas
Com o medo, que nos tira o sossego
Remamos contra a corrente do mal
E mal entramos na onda se vão irmãos
Remamos! Sem direção, nosso guia é cego
No infortúnio nos afecta a síndrome de Estocolmo
Aplaudindo as malícias do opressor
Parecemos plantas sem colmo
Negam-nos a liberdade em terras nossas
Com o prazer que a situação lhes dá
Atingem orgasmos com nossa dor
E a triste realidade que o futuro nos reserva
Por mais que tentemos chegar ao alto mar
As correntes são trazidas na margem da vida