NOS JARDINS DO INFINITO
Silêncio na minha alma, a paz a florescer,
Como jardim esbelto, impossível de esconder.
Em plena contemplação, deixo-me levar,
Soltando as amarras, deixo o passado vagar.
Mergulhei nas sombras de um ontem nefasto,
Onde meu ser ficou preso.
Mas nas asas da liberdade, pude então descobrir,
A força oculta que me fez ressurgir.
Agora, minha alma toca o infinito,
Como estrela que se perde no vasto céu.
Voei por horizontes que o sonho revela,
Sentindo o mar cantar sua melodia bela.
Olhei para o azul profundo e sem fim,
Onde o vento traz segredos, como versos ao luar.
Por um instante, o tempo cessou,
E na eternidade, pude a vida celebrar.
Por um instante, fui luz na escuridão,
Por um instante, vivi sem prisão,
Por um instante, senti o coração,
E nesse instante, fui pura emoção.