LABIRINTO DA ALMA

Estou em um labirinto, perdida em flor,

Repleto de rosas, espinhos e dor.

Estou sozinha, na sombra do vento,

Que toca minha pele, um frio tormento.

Arrepios profundos consomem minha alma,

Desgarrada, sem rumo, sem calma.

Mas o sol gentilmente rompe as nuvens,

Pergunto: Quem sou? Que caminhos percorro?

Sou aquela que foge para o interior,

Ou que busca a saída com temor?

As muralhas ao redor sufocam meu ser,

Escondem meu destino, que não posso ver.

Falta-me o ar, o espaço é confuso,

Olho em volta, não vejo um refúgio.

Sento-me em silêncio, fecho os olhos a pensar,

Respiro o tempo, deixo o sol me queimar.

Levanto-me então, de súbito, com firmeza,

Os olhos fechados, mas sinto a certeza.

Meu coração é a chave, a resposta encontrada,

Sinto-me livre, minha alma alçada.

Delicadamente caminho, passos leves,

Ando, ando, e encontro as breves saídas,

Tão simples, precisas e claras,

Que em meio ao caos, tornam-se raras.

Neste novo caminho, logo à entrada,

Um espelho me espera, imagem revelada.

Vejo um sorriso, enigma a brilhar,

Olhando só para mim, no íntimo a gostar.

Sinto-me tranquila, talvez feliz,

Quiçá, na busca, encontrei o que quis.

Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 16/09/2023
Reeditado em 22/08/2024
Código do texto: T7886905
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