Penso Pensamento

A pressa prende a perfeição,

Perfeita presa para o perdigueiro,

Imperfeita petrifica a perda,

Mas a pedra preza pela prosa perfeita.

O fogo bravio Bradou brando,

Balançando meu barco num mar branco,

A balança bateu no batom da borboleta,

Borbulhando na blusa a brisa brilhante.

O cego cercou o céu cerúleo,

Cessou a certeza que cedo a cela

Do ceticismo ceifador censuraria o Celeste,

Celebrando cem vezes, o centímetro do cemitério.

Dedicado em denegrir o demagogo,

Eu desrespeito o deliberado devasso,

Destreza no declínio do desejo,

Decorrente decisão, desdém ao declinar.

Solidão sozinha socorre a sobriedade,

Soturno meio soberbo sonho com o Soberano,

Solidário em sobrepor o social,

Solidificando o sol que some com o sodomita.

Extasiado estado de espírito,

Excomungado da experiência exequível,

Exímio exílio da escória exaltada,

Extinta exegese explicita o extraviado.

Ferro fundido com fogo e ferrugem,

O farol fumegante o foço fecunda,

A flâmula flauteia os flancos de flabelos,

E o Fogo fogoso fornica com o folclore.

A ganância galanteadora gambita

O Guardião que guarda a guilhotina.

Gemendo genuíno a gentil gênese,

Golpeando o galope do governado.

Haveria maior harmonia habitual?

Habilitando habilidosamente a habitação,

Hera e Hefesto hesitam hegemonicamente,

Uma heresia hecatombe de hedonismo hercúleo.