Insumos de um poeta
O poeta precisa chorar até quando está feliz
Nem que seja pra se emocionar quando está contente
Mas às vezes utiliza esse chamariz
Pra buscar uma escrita de modo diferente
Com sensibilidade peculiar expõe lágrimas sem fingimento
Isso nem sempre significa que vive em falsidade
Apenas empresta tristeza por um breve momento
Pra poder expressar também uma outra realidade
Se na saudade busca o reencontro com a dona da sua mente
Na solidão quer o desaperto, que trança um nó no coração
Porque na felicidade não escrever de forma diferente?
Pra quando mudar a matéria, já saber como assimilar a lição
As flechas dos sentimentos que dispara, são muitas, e não são só suas
O alvo que ele atinge, são variados em emoções
Não haveria sentido falar só de verdades nuas e cruas
O que ele não viveu, também são insumos de suas inspirações