CLAREZA

Quedava a tarde

Súbita clareza invade

Descobrir tudo com pouco

Mato que assola o terreno

Coração num ritmo louco

Pulsar, pulsa

É como formigar

Formigas sentirão mais culpa?

Momento que parece sem fim

Objetos de rua reconhecem

Nada sobe, nada desce

Cerca arribada

Conhece desassossego

Na noite enluarada

Eu conheço aflição

Pesar como rocha

Sem poder levantar do chão

Insistência a minha

Explorar vivência

Ela cresce sozinha!

Adelfo Sopran
Enviado por Adelfo Sopran em 09/09/2023
Reeditado em 04/12/2023
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