A vida não é maniqueísta
Grande engano se enquadrar como vítima das circunstâncias.
Na constante luta entre o bem e o mal
Não somos vitoriosos quando enquadramos o outro como algoz.
Também podemos ser algozes
Algozes de nós mesmos, ou até mesmo de outrem.
A vilã de nosso enredo é a própria vida
A qual também é a protagonista de nossas emoções.
Nesse cenário, o erro é inevitável
Ele se camufla ou se dispersa em variadas formas.
Não há como lutar contra a nossa essência
Caso apenas acertássemos, qual seria de fato a sua eficiência?
A aceitação das próprias falhas é um ato de coragem
Um ato de resignação, de alívio, de ponderação.
É um exercício diário que visa atingir o perdão
Perdão de nós mesmos, dos outros, rumo à superação.
A caminhada entre o erro e a superação não é linear
Muitas vezes, andamos em círculos, envoltos na cilada da autopiedade.
Mas, o impulso fundamental para o nosso progresso é a sabedoria do tempo
Saber esperar a oportunidade certa de compreender que não se reparam danos retroativamente.
Assim, erros do passado jamais serão esquecidos
Eles foram necessários, precisos na condução do nosso destino.
Todavia, eles podem ser superados
Servindo como horizonte e norte para a nossa caminhada.
Rumo ao progresso e à evolução moral
Fazendo a conexão com o nosso divino interior.