POEMETOS

                 I

Tirei a letra “a”...

Da palavra abraço,

Meus braços ficaram vazios...

                II

O teu beijo tem...

Furor da própria terra,

Vulcões, em chamas,

De, cujas, entranhas...

Língua de fogo!

Derrete meu coração.

               III

Você voa..., veleja, você voa...

Venha, viagemos, venha, vamos voar...

Vosmecê visas vir, verá..., vislumbrarás!

Vultosos vestígios, vicissitudes, visíveis,

Vozes, violinos versáteis várias..., vidas...

Volúpia, voluptuosa voraz, viva, vivazes...

Vejam, valorizem, vamos viver vivenciar.

               IV

Não jogue confete da sua boa vontade à toa.

Pois, você, não será mais ou menos querido,

Com essas ações prefira ser a vidraça a, ser...

Os estilingues, da ameaça, que, magoa, fere...

Festeje cada dia,  cada dia é único, aprenda!

              V

Espere pouco das pessoas e muito de si mesmo.

E..., não exija nada, as coisas boas são aquelas,

Que as pessoas oferecem de coração, jubilosas...

Pois, servir, e serviço, são ações, bumerangues.

Muito mais que receber doe-se, auxilie, colabore.

            VI

Sonhe, a cada instante, sonhe com você mesmo.

Com o amor da sua vida, com a música, com a vida,

Sonhe com o céu as estrelas, com o mar, o oceano...

Sonhe com tudo que lhe propicia bem estar, alegria,

Pense só em coisas boas, o pensamento é energia!

           VII

Vermes, andam..., e rastejam pela terra...

Andam..., e, rastejam..., pela terra, os homens!

As lagartas, após, seus estágios nas crisálidas,

Transformam os seus grilhões em par de asas!

Rompem os casulos, e, voam como borboletas...

Contudo, porém, nem todos os, homens voam!

          VIII

A vida tem o, seu ciclo natural...

Nascer, saber, como viver e como morrer.

Três estágios em cada um nossas metas,

E lembrem-se, ao morrer, deixamos tudo,

E..., só levamos, as, nossas lembranças!

          IX

Temos: 02 olhos, 02 ouvidos, 02 braços.

02 pernas, 02 pés e, 01 boca, e isso lhe,

Suscita, aguça, algum um ponto de vista?

Então veja mais fale menos abrace mais,

Ande mais, faça dos seus pés suas asas.

Fale menos e expresse mais sentimento!

          X

Quando, falar de você, fale bem baixinho.

Quando, falar sobre alguém, fale bem alto,

Enalteça suas qualidades, é bumerangue!

Sua propaganda, quem faz não é sua voz,

São..., as suas ações, e, é, o seu caráter!

         XI

Quando dizes: Eu te amo...

Não precisas, ouvir o eco!

As carícias são feedbacks,

As ações, falam bem mais,

Do que, qualquer palavras...

         XII

Suas ações são os seus remos.

Seus desejos suas embarcações,

Sua vontade, seus ancoradouros.

         XIII

Ouço, a sua voz, no meu silêncio.

Vejo sua imagem, nos meus sonhos...

Vejo seus passos, nos meus passos...

Quando me olho no espelho lhe vejo.

         XIV

Mãe e céu...

Duas palavras, pequeninas, genuínas,

E, que abarcam a imensidão do infinito...

Mãe é o lar, onde, seu, coração acolhe,

O céu é onde mãe endereça sua prece.

         XV

Nossa consciência é...

Nosso advogado, promotor e juiz!

Então, ao invés, de sermos o, réu...

Sejamos..., o terceiro interessado.

       XVI

Quem põe a mesa, não, são desejos.

É..., vontade, e, são os entusiasmos...

Desejos apenas põem água na boca,

Porém, vontade põe comida no prato

      XVII

Toda mulher tem fases como a lua.

Mistérios, como, lado oculto da lua.

Tem a luz do Sol que ilumina a lua.

      XVIII

A vida são doses homeopáticas.

No que diz respeito à felicidade.

Catalisadores, no que se refere,

Aos infortúnios..., à infelicidade.

      XIX

Quero do teu poema teus seios.

Nos teus lábios, os meus beijos...

Do teu beijo o mel do teu sabor!

Nos teus braços meu descanso,

Do teu regaço a flor!

      XX

Andamos com pressa, paramos com pressa.

Amamos com pressa e vivemos com pressa...

Com, nossas ações temos pressa de morrer,

Pois, puxamos os gatilhos, das insanidades.              

    XXI

Os semáforos, as faixas, nos disciplinam no trânsito.

As faixas, amarelas contínuas, ou, faixas tracejadas, têm,

Os seus, significados precisamos horas da faixa amarela,

Contínua, a nos alertar não avance reflita, sobre sua vida.

As tracejadas nos dizem, pegue seus carros existenciais,

Voem livres, e, não esqueçam a vida, é feita de escolhas.

   XXII

Seja você o farol, e não as guilhotinas.

Pois, as nossas ações são bumerangues...

Há uma colheita, obrigatória, nesse, paiol,

Quando, esse depósito, da nossa, incúria,

Explode essa lição é extrema, é dolorosa

  XXIII

O amor é a ponte que liga os corações

A fé é a ponte por onde caminha a esperança!

A esperança é a ponte onde passeiam os otimistas.

Saudade é argamassa que constrói a ponte das lembranças...

  XXIV

Têm horas, que a recordação convida as lembranças.

Para, irem juntas fazerem visita amistosa, à memória.

Mas, quando chegam mãos dadas às reminiscências...       

A idade não as reconhece e mantém a porta trancada.

 XXV

Há sempre um poema na alma, e...

E, em cada, uma, das mãos, do poeta.

E, quando, ele, abre as, mãos, ele voa...

E..., parece um revoar..., das gaivotas,

Ou..., quiça, um bando, de andorinhas...

A comemorar a primavera, no coração,

Do poeta, daí... , quando, ele, escreve...

Faz jorrar, as flores, perfuma as vidas.

 XXVI

O homem, a obra-prima Deus!   

Criado à sua imagem semelhança e, destinado ao paraíso.                                               

Reis, simbólicos, em todos os reinos, deuses, em miniatura!

Livres a fazer escolhas, pavimentar, paramentar suas vidas,

Porém, o livre-arbítrio tem sido calabouços, sido guilhotinas.

 XXVII

Ouve-se suspiros, diálogos, sussurros, sementes sorriem, vibra.

Raízes intumescidas adentram prazerosamente suas entranhas,

Abri-lhes, as fendas, e, os caules, rompem-lhes, os perispermas...

Dores venturosas entregam-se, acasalam, e suspiram e gemem,

Ápices dos gozos deliram, e verbaliza, e agradecem à natureza!

As sementes nesses transes ficam gratas engravidam germinam...

A dor das sementes esse banquete é parto abençoado dos pães.

 XXVIII

Existe sempre, um fio de esperanças em cada, criatura humana.

Como expectativas de dias melhores novos roteiros para suas vidas.

Pois, a vida faz seus apontamentos e no final apresenta suas contas...

Daí, não serem determinismos o que nos alcança, e, sim, feedbacks,

O cotidiano nos cobra as nossas ações diárias nossas imprudências.

Não existem casualidades, como fator decisório, mas a lei de retorno,

E, ela é inexorável, e, não faz acepções de pessoas, e nem posterga.

Somos nós, que criamos nossas pontes, em qual direção, é escolha!

 XXIX

Zés, seus sonhos, queimam-se, nessas brasas.

Fornalhas torram a terra, ao gado, e a sua prole.

Cozem os barros duros, nas almas destroçadas,

Não são metáforas, são realidades, desse povo...

Agonizam, todavia, jamais perdem a esperança.

O fogo Zés, corrompe os destinos de sua gente.

Esturricando suas imagens nesse cartão postal.

Na boca das urnas, as promessas, emprenham,

Mas, não nascem, os frutos, dessas, gabolices!

E, Brasília, sacia as, fomes, desses, escroques...

E Graciliano Ramos descreveu essa, realidade.

 XXX

Mãos, mãos de serventias, mãos que criam, que auxiliam...

Mãos, que, acolhem e, embalam o próprio filho, e o filho alheio!

Mãos, mãos, que aram, mãos que educam mãos, que legislam...

Mãos, obreiras, mãos que orientam mãos que protegem, zelam...

Mãos, que oram, que acalmam, doam e encorajam que apóiam...

Mãos que disseminam a paz, que cativam e mãos que libertam...

Mãos, que sentenciam e que guerreiam mãos que assassinam!

Mãos, que amparam a outras, que criam os laços de amizades.

Mãos que são estilingues, vidraças, que agradecem ao Criador.

Mãos que...

Albérico Silva

 

AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 28/08/2023
Reeditado em 30/08/2023
Código do texto: T7871905
Classificação de conteúdo: seguro