Liberdade Ainda Que Muito Tardia
Liberdade,
Inalar fedor de urina e comer fezes em latrinas.
A realidade é um Saara árido em distancias,
É preciso voar e tentar sobreviver à secura.
Liberdade,
Plantar flores plásticas de verdades
E colher pétalas secas em mentiras.
A aurora se encontra em esqueletos fossilizados
Pelas escolhas e às ações tomadas...
Sem inocência ou oco choro
É preciso assumi-las, equilibrar entre tudo.
Liberdade,
Mesmo com os coiotes que dilaceram
As carnes, o animo, sentenciam grades.
Ser pássaro livre em voos de autenticidade,
Habitando abismos antes não visitados.
Liberdade ainda que muito tardia.
Aceitar que viver é perigoso,
É absurdo, prazer de seiva que seca,
Mas enquanto pulsa é necessário degustar.