Liberdade Ainda Que Muito Tardia

Liberdade,

Inalar fedor de urina e comer fezes em latrinas.

A realidade é um Saara árido em distancias,

É preciso voar e tentar sobreviver à secura.

Liberdade,

Plantar flores plásticas de verdades

E colher pétalas secas em mentiras.

A aurora se encontra em esqueletos fossilizados

Pelas escolhas e às ações tomadas...

Sem inocência ou oco choro

É preciso assumi-las, equilibrar entre tudo.

Liberdade,

Mesmo com os coiotes que dilaceram

As carnes, o animo, sentenciam grades.

Ser pássaro livre em voos de autenticidade,

Habitando abismos antes não visitados.

Liberdade ainda que muito tardia.

Aceitar que viver é perigoso,

É absurdo, prazer de seiva que seca,

Mas enquanto pulsa é necessário degustar.

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 24/08/2023
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