O substrato do não substrato.
Qual é o fundamento da vida, não existe fundamento, qual a finalidade da existência não existe funalidade.
Somos a nossa ilusão.
Então por que existimos, pelo fato de estarmos aqui, qual é o nosso futuro, não sermos exatamente nada.
A liberdade consiste no entendimento de que não somos diferentes de nenhum outro animal.
A vida é apenas um breve soluço, as lágrimas que caem dos olhos, o sorriso perdido dos lábios.
Os átomos quâticos.
O resto da existência tão somente a contemplação do tempo não premeditado.
Rutilações metafisicadas.
O olhar perplexo do brilho do sol, sentindo na cognição a cor da imaginação, na percepção da infinitude do cosmo substanciado no azul do universso.
Então o sentimento do tamanho da materialidade, contemplando a magnitude dos nossos sonhos.
Sentimos o brilho do sol produzido em nosso corpo a energia de hidrogênio na definição da massa atômica que somos.
Então posso lhes dizer o oxigênio da nossa alma na definição predileta da eternidade de um silêncio soçobrado, produzindo a metifisicação dos nossos desejos.
Nada além de um delírio instantâneo das lágrimas murmuradas ojetivando a destinação da imensa escuridão dos sinais, perpetrados na metamorfose de um destino esquecido.
Com efeito, o choro dos olhos, esperando a eternidade escurecida.
Edjar Dias de Vasconcelos.