CINZAS

Valdir Rangel

A cinza do fogo aceso

A cinza doentia do cigarro

As cinzas jogadas ao vento

Do homem feito do barro

Nuvens acinzentadas

De um céu cinza nublado

Chuvas de lágrimas poluídas

De um meio ambiente desmatado

Cinzas de um final de festa

Numa quarta de cinzas cansada

Pelo fim de uma folia de momo

Em fantasias mumificadas

Cinza em mil tons

Em promessas acinzentadas

Cingindo a esperança da felicidade

Nas cinzas ao mar jogadas