O grande mestre
O tempo, um grande mestre, me orienta
E como um sábio, sutilmente, admoesta
Entre os ciclos, naturalmente, me aventa
E vai moldando, aparando, cada aresta…
O meu futuro, sempre incerto, ele gesta
Só enxergo quando, enfim, se apresenta
No presente, nunca pausa para a ciesta
E corre livre, pois sua pressa só aumenta…
Para o pretérito, às vezes abre uma fresta
Mas logo a fecha e, resoluto, não lamenta
O seu papel, que é timbrado, não empresta
Porquanto nele os meus atos documenta.
Adriribeiro/adri.poesias