O ROLO DAS JOIAS
Há ordem ,
Que foge
Ao preceito
De ordem…!
Não se acata.
Não se cumpre.
Porque cumprir
Ordem de crime,
É ferir a norma,
No correspondido
A ser cúmplice
Do malfeito —
Roubalheira de
Bens alheios,
Onde vai pra conta,
Um badalado
Relógio Rolex ,
Cravejado a ouro
E diamante ,
Recomprado a dobro
Do que fora vendido!
Que importa
Que venha
A ordem,
De capitão
Ou general?
Se a ordem
É desordem,
De sorte,
Que é consorte
De maledicências
Quem ordena
E o ordenança
Que cumpre
A infratora ordem !
Não é joia ,
De joias se apropriar
Como se fora
Dono dum acervo
De joias preciosas:
Mimos de joias raras.
Tá na cara
Que o Ordenança
No rolo
Das joias,
É quem
Na fogueira dança!