CONDENAÇÃO

O grito não cala

Quando a justiça falha,

E condena o réu só

Pra condenar

Por não ter culpa

Formada de delito

Por ele praticado!

Que outro contexto

Dar-se-á a pugna,

Quando a própria

Justiça é ferida

Por quem deveria

Por ela zelar?

Que outro víeis

Se propugna em face

Da sentença prolatada?

—“ Não és culpado!

Mas te vou condenar?”