AQUARELAS

Põe-te, por parte, firme, do que te põe em parte, livre.

Desde o ter que te põe nesse ser nessa, tuas diásporas.

Sem limites das reservas viva abras cada guarda chuva,

E afirme-se que molhe teus pés se tua alma está enxuta.

Se as tuas convicções te põem de pé, e rompem os fios,

Dessa marionete, e, já não danças, e ri nesse improviso,

Já não falas os teus desejos pela boca dos ventríloquos!

E..., não exijas, da vida, o que, tu não tens, e, nem doas.

Faça o que tua dignidade permita, abra gavetas na alma

Não queira os excessos, reparta a linha do mesmo trilho.

O pão é mesma massa, de mesmas argamassas triviais,

O céu, em todas as bocas, nesse, lugar comum da vida!

E tu vês o teu rosto, no espelho, que pode não ser o teu,

São tuas miragens, se, fechas, as portas, da razão, e se,

Afasta-te, da vontade, subindo no barco, da empolgação.

Assim, tua maré será bravia, e, remaras em lado oposto!

Os ralos existenciais ficam, abaixo da pia, o esgoto é via...

Se livre de quaisquer ópios, pelos banquetes da tua vida.

Veja o sol, ele, reparte-se, também, pelos teus caminhos.

Tu és o artista, do teu destino, é quem, escolhe as tintas!

Albérico Silva

 

 

AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 07/08/2023
Reeditado em 07/08/2023
Código do texto: T7855196
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