A angústia do poeta

Está cercado de livros na estante

No seu quarto pilhas de papéis

O poeta não descansa um instante

Como um pintor e o seus pincéis

Sua máquina de escrever antiga

Companheira tão inseparável

Se tornou a sua melhor amiga

O poeta com o seu humor instável

Na angústia ele se inspira

Um operário da prosa e do verso

Nunca teve uma vida tranquila

Sempre um questionador do universo

Muitos vêem nele um louco

Que se esconde atrás dos seus textos

Julgamento que vem como soco

Sempre arrumando algum pretexto

Nunca peçam pra ele parar

Sua simples vida está em escrever

Mesmo sem nenhum lucro levar

Só faz isso pra não enlouquecer

Seja no sol do dia ou na madrugada

Na labuta de quem isso ama

Não reclama ou se cansa por nada

Ele escreve até se está na cama

Quando chora com grande emoção

Ao lembrar dos poetas antigos

Ele sofre e até dói o coração

Queria tê-los como bons amigos

E essa angústia que ele carrega

Se estende por anos a fio

E é por isso que ele se entrega

Cada inspiração é um desafio!

Poemicida
Enviado por Poemicida em 04/08/2023
Código do texto: T7853149
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