É PENA
É PENA
Ao ser uma demasia do egoísmo,
A chegada sentimental,
Desequilibra os enterros das necessidades.
O medo da revolta,
Encoraja os enfrentamentos.
Os conflitos das guerras,
Não pretendem os confrontos com a paz.
As dores sobem,
Para que desçam até às curas imprescindíveis.
O muito faminto,
Alimenta abundâncias.
O ouvir das vozes,
Não escuta o silêncio.
Os gritos nomeados do possuir,
Requerem a mudez das essências.
O choro do não problemático,
Contém as discrições das alegrias.
As propriedades dos direitos,
Ofertam lembranças às interrogações dos esquecimentos.
Os sonhos do ter secreto,
Revelam realidades indiscretas.
O seguir novo caminha,
Em direção à inércia seguinte.
O apontar dedilha,
O despontar oculto.
Os ruídos do querer,
Apenas sorriem para os sons dos desejos contidos.
O dar dos passos iniciais,
Retém os ritmos do fim.
O poder canta,
O voo do reforço alado.
A festa das forças caladas,
Enfraquece o fortalecer celebrado.
O viver demonstrativo da pena,
Morre sem se mostrar.
Sheila Gois.
Sheila Gois.