É PENA

É PENA

Ao ser uma demasia do egoísmo,

A chegada sentimental,

Desequilibra os enterros das necessidades.

O medo da revolta,

Encoraja os enfrentamentos.

Os conflitos das guerras,

Não pretendem os confrontos com a paz.

As dores sobem,

Para que desçam até às curas imprescindíveis.

O muito faminto,

Alimenta abundâncias.

O ouvir das vozes,

Não escuta o silêncio.

Os gritos nomeados do possuir,

Requerem a mudez das essências.

O choro do não problemático,

Contém as discrições das alegrias.

As propriedades dos direitos,

Ofertam lembranças às interrogações dos esquecimentos.

Os sonhos do ter secreto,

Revelam realidades indiscretas.

O seguir novo caminha,

Em direção à inércia seguinte.

O apontar dedilha,

O despontar oculto.

Os ruídos do querer,

Apenas sorriem para os sons dos desejos contidos.

O dar dos passos iniciais,

Retém os ritmos do fim.

O poder canta,

O voo do reforço alado.

A festa das forças caladas,

Enfraquece o fortalecer celebrado.

O viver demonstrativo da pena,

Morre sem se mostrar.

Sheila Gois.

Sheila Gois.

Sheila Gois
Enviado por Sofia Meireles em 03/08/2023
Código do texto: T7852236
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