Confusão
Estão confundindo amar
Com o ato de se relacionar...
Misturando algo profundo
Com a banalidade do mundo!
Esse mundo moderno e atroz,
Deveras insano, fugaz e feroz,
É possível que seja ácido
Até mesmo num dia tácito!
Esse amor de sacanagem
Levado apenas na molecagem
Não me atrai nem me seduz
Apenas por não fazer jus
A tudo aquilo que sentimos,
Aos castelos que construímos
E que são todos desmerecidos,
Antes mesmo de pertencidos!
Confuso ato de se envolver
Com alguém sem conviver,
Pois são corpos em efusão
Que explodem de emoção,
Mas não se deixam levar,
Nem tampouco enganar
Nos momentos de excitação:
São reféns da sensação!
Acordos feitos e firmados,
Totalmente nos combinados
Em busca do nosso prazer...
Ser e ter sem nos perder!
Ser, de fato, quem nós somos,
Até mesmo quem pensamos...
Ter em tudo maturidade,
Mesmo alheios a nossa idade...
Sensatez é nosso nome,
E o amor que nos consome
Se faz arte em doce calma,
Se faz vivo em nossa alma!
(21/07/23)